PREVENÇÃO
Zoonoses realiza 700 testes de Calazar em 1 ano
Desse total de testagens feitas na unidade durante o período, 417 foram positivos e 283 negativos
Publicado em: 22/02/2021 por Ariel Rocha
De dezembro de 2019 a janeiro de 2021, foram realizados 700 testes para detectar leishmaniose visceral, doença popularmente conhecida como Calazar, em cães. A Unidade de Vigilância em Zoonoses de Imperatriz, órgão vinculado a Secretaria Municipal de Saúde, Semus, oferece o exame gratuitamente e ainda executa a contraprova em casos positivos. Caso o tutor opte pela eutanásia do cachorro doente, a unidade também efetua o procedimento corretamente.
Desse total de testagens feitas na unidade durante o período, 417 foram positivos e 283 negativos. O cachorro que recebe o diagnóstico positivo só pode passar por eutanásia após a realização da contraprova e caso o tutor autorize fazer o sacrifício. O médico veterinário Júnior Chaves explica que eutanasiar o animal contaminado se faz necessário nos casos de um quadro muito debilitado. "Um quadro irreversível, ou seja, quando o animal não está mais reagindo aos tratamentos", enfatiza.
Muitos tutores, ao receberem o diagnóstico positivo da doença na Unidade de Zoonoses, decidem por buscar o tratamento adequado para o seu pet. De acordo com o veterinário, a doença pode apresentar vários sintomas e alguns cachorros são até mesmo assintomáticos. "Por conta disso, o tratamento vai depender da avaliação realizada por um Médico Veterinário", acrescenta.
A jornalista Isabel Lima é tutora de uma cadela que recentemente foi diagnosticada com Calazar. Ela conta que já foi iniciado o tratamento de sua cachorra Amora com alguns medicamentos, além de reforçar a alimentação e hidratação do pet. “Amora tem poucos sinais clínicos, então temos a oportunidade de tratar. Começamos o tratamento com dois remédios humanos e uma vitamina pra fortalecer. Também levo ela pra se exercitar, tudo para dar a melhor qualidade de vida possível”, comenta.
Calazar é uma infecção contagiosa, transmitida para cães e humanos por meio da picada do mosquito-palha. É a forma mais letal das leishmanioses e ataca todo o organismo, tendo efeitos mais graves em crianças e idosos. Apesar da doença não ser transmitida diretamente do cachorro para a pessoa, os cães podem atrair os mosquitos ao ambiente, o que chama atenção para a proteção do animal. "Há produtos como algumas coleiras e sprays no mercado. Tanto a coleira quanto o spray são utilizados como repelente do mosquito transmissor da leishmaniose", informa o veterinário Júnior Chaves.
Vale ressaltar que o mosquito transmissor da doença tem preferência por locais úmidos, escuros e sujos. Manter os ambientes limpos, principalmente os quintais e locais nos quais ficam os animais, é uma das principais medidas de prevenção à transmissão da doença. Tanto para animais como para pessoas. O Centro de Zoonoses está localizado no endereço Rua Coletora Um, bairro Conjunto Vitória, com funcionamento de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 12h.