PREVENÇÃO
Secretaria de Saúde alerta sobre alta incidência de doenças de pele causadas pela exposição solar
A falta de proteção no calor excessivo contribui para o aparecimento de doenças como o câncer de pele
Publicado em: 20/06/2023 por Aleilton Santos
O período de veraneio ainda não foi aberto oficialmente em Imperatriz, mas muitas pessoas já começaram a frequentar as praias da cidade. Pensando nisso, a Secretaria de Saúde (Semus), alerta os banhistas sobre os cuidados para evitar as doenças causadas pelo excesso de exposição solar.
Entre as doenças mais comuns causadas pela exposição ao sol estão as queimaduras que podem ser de até 2º grau, que causam vermelhidão na pele e bolhas de água. A grande exposição ao sol também pode ocasionar os melasmas, que tem como características manchas marrons na pele, que ocorrem geralmente nas bochechas, orelhas e buço. A queratose é uma doença caracterizada por feridas vermelhas na pele que não desaparecem, de início as feridas não representam perigo, mas ao longo do tempo podem representar 20% de chance de desenvolver câncer.
O câncer de pele está entre as doenças mais sérias que podem ocorrer. Sendo um dos cânceres mais frequentes no Brasil, com cerca de 185 mil novos casos descobertos todo ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O câncer de pele ocorre principalmente nos locais que são mais expostos ao sol, como rosto, orelhas e pescoço. Os sintomas mais comuns são manchas que coçam, sangram ou são descamativas, sinais que mudam de cor e tamanho e feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
Sobre a proteção adequada para a exposição ao sol, a dermatologista da rede municipal, Dra Diana Mendes, ressalta o uso do protetor solar de forma adequada. “A Proteção adequada deve ser feita com métodos de barreiras como: bonés ou chapéus de abas largas (7 cm), óculos escuros, roupas de manga e calça comprida e/ou com proteção solar, e com uso de filtro solar sempre ao se expor ao sol, ele deve ser reaplicado a cada duas horas, ou se houver transpiração excessiva ou mergulho em água (mesmo os filtros solares a prova d’água). O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos UVB (medido pelo FPS que deve ser no mínimo 30) e raios UVA (medido pelo PPD, que deve ser metade do FPS). É necessário aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o roso e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida”, explicou.
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas existem um grupo de indivíduos que tem mais propensão para desenvolver a doença, caso de pessoas com pele muito clara, com vitiligo, albinas, pessoas que tenham mais de 40 anos ou que estejam em tratamento com imunossupressores, pois são mais sensíveis ao sol. Os casos em crianças e pessoas pretas são raros, exceto para as que tenham algum problema cutâneo.
A secretária de Saúde, Doralina Marques, reforça que a rede de saúde de Imperatriz oferece atendimento com profissional dermatologista no Centro Humanizado de Referência em Dermatologia Sanitária do Município. “Temos reforçado os atendimentos para a população com multiprofissionais para ampliar o acesso da comunidade ao tratamento das doenças de pele e o acesso à informação sobre as doenças relacionadas à exposição ao sol. O Centro realiza em torno de 400 atendimentos por mês, com acompanhamento dos profissionais que trabalham para que os pacientes tenham uma evolução positiva no tratamento”, finalizou.
Para quem precisa de atendimento pode procurar o Centro Humanizado de Referência em Dermatologia Sanitária do Município que funciona nos Três Poderes, de segunda a sexta-feira.