PREVENÇÃO
Prefeitura realiza blitz educativa sobre o Dezembro Vermelho
O símbolo alusivo da campanha é o laço vermelho que reforça a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia do vírus.
Publicado em: 10/12/2019 por Kalyne Cunha
Ações do mês Mundial de Luta Contra a Aids, conhecido como Dezembro Vermelho são trabalhadas pela Secretaria Municipal de Saúde, Semus, por meio das Unidades Básicas de Saúde, UBSs. Objetivo da campanha é conscientizar a população sobre medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana, HIV.
A blitz realizada na manhã desta segunda-feira, 9, na Avenida Newton Belo, foi desenvolvida em ação conjunta pela Unidade Básica de Saúde do Santa Rita, com as unidades do Bom Sucesso, São José, Boca da Mata, Planalto e Santa Inês auxiliados por enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e técnicos de saúde do município. Foram entregues à população lubrificantes, panfletos com informações sobre a campanha de prevenção contra HIV e o uso de contraceptivos, preservativos masculinos e femininos, além de aferição da pressão arterial e o incentivo para a realização dos testes rápidos, nos postos de saúde, para detectar o vírus.
Para o secretário de saúde do município, Alair Firmiano, “é importante que as relações sexuais sejam sempre realizadas com o uso de preservativo, o que evita não só a contaminação com o HIV, mas outras patologias. A gestão do prefeito Assis Ramos enfatiza ações para um diagnóstico precoce da doença e o tratamento com antirretroviral, para interromper a cadeia de transmissão do vírus e aumentar a expectativa de vida dessas pessoas”.
Os testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite B e C são ofertados pelas UBS, são realizados a qualquer hora do dia e para ter acesso basta apresentar o cartão do Sistema Único de Saúde, SUS, do município ou o CPF. De acordo com a gerente da Unidade Básica de Saúde do Santa Rita, Darildes Souza, a realização do teste rápido na Atenção Básica é de suma importância para a população, “pois detecta o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, como as hepatites virais e sífilis. Os resultados são entregues ao paciente, no máximo em 30 minutos”, explica.
Caso hajam suspeitas de contaminação por meio de relação sexual desprotegida é preciso que o paciente respeite o prazo para a realização do teste, que de acordo com a gerente da unidade do Santa Rita, “para estes casos é necessário a espera de 30 a 60 dias para a realização do teste. O exame de HIV é sigiloso e pode ser realizado a qualquer hora do dia, o jejum não é obrigatório, pois não interfere o resultado”.
De acordo com o número da procura de pessoas pelos testes rápidos e os novos casos de HIV detectados na unidade, a ação foi elaborada por meio de uma blitz visando atingir uma parcela maior do público alvo, jovens e adultos. O preservativo feminino foi um diferencial entre os kits distribuídos à população durante a blitz, pois “a camisinha feminina oferece uma dupla proteção, tanto para mulher quanto ao homem. Previne Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) ou até mesmo, uma gravidez não planejada, diminuindo a incidência de complicações causadas pelas DSTS como: infecções no aparelho sexual, na parte baixa da barriga, como o surgimento do câncer do colo do útero, infertilidade nos homens e nas mulheres”, enfatiza.
Sobre os resultados positivos de HIV detectados nas unidades de saúde, Darildes relata como é trabalhada essa situação pelos profissionais de saúde. “Tentamos ao máximo acalmar o paciente em relação a esse procedimento, pois é importante detectar precocemente o vírus para um tratamento mais eficaz. O número de usuários que nos procuram na unidade aumentou, bem como o de pacientes infectados com o HIV, onde os encaminhamos para um tratamento o mais rápido possível e caso precise é feito um acompanhamento psicológico”.
A realização precoce do tratamento antirretroviral é uma forma de garantir qualidade de vida para o paciente, pois alcança mais rapidamente o nível de carga viral indetectável. Há uma redução na quantidade de HIV no sangue, para níveis que não são detectáveis por testes laboratoriais padrão, em que o HIV deixa de ser transmitido para outras pessoas por meio da relação sexual.
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 866 mil pessoas vivem com a doença no Brasil, entretanto ser portador do vírus HIV não é o mesmo que possuir AIDS. Muitos indivíduos soropositivos vivem durante anos sem desenvolver a doença, mas podem transmitir por meio de relações sexuais desprotegidas, bem como por compartilhamento de seringas contaminadas ou até mesmo de mãe para filho durante a gestação ou amamentação.