Hidroginástica, dança, momentos de oração e muito mais já estão “a todo vapor” na Casa do Idoso Feliz, mantida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Boa parte dos serviços presenciais, que haviam sido interrompidos devido à pandemia da Covid-19, já foram retomados e, na manhã desta quarta-feira, 11, o padre Genésio celebrou missa com os usuários.

A Casa não parou e no período mais crítico da pandemia, as atividades foram adaptadas e transmitidas pelo Youtube, redes sociais na internet, e para aqueles sem acesso a essas ferramentas, foi mantido o contato via ligação telefônica e/ou em casos necessários, visitas domiciliares, com toda cautela. Somente no mês de março é que aos poucos, os atendimentos voltaram a ser ofertados, tais como: consultas médicas com clínico geral e urologista, carteira do idoso e hidroginástica, tudo com número reduzido de participantes.

Janaína Ramos, secretária da Sedes, informou que “a casa funciona como um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Após passar quase 16 meses com as atividades presenciais suspensas, hoje retomamos algumas atividades que ainda estavam paradas. Com um número pequeno de idosos, divididos por turnos, seja matutino ou vespertino, exigimos sempre a carteirinha de vacinação”, explicou.

Ela também afirmou que os mais afetados pela pandemia foram os idosos, “por se isolarem, por serem do grupo de risco. Mas hoje, com todos os cuidados, estamos oferecendo à melhor idade, através da Casa do Idoso, hidroginástica, consultas e acompanhamento médico, oficinas artesanais, nutricionista, fisioterapeuta e muitas outras atividades. Objetivo é melhorar a qualidade de vida, seja ela psicológica, que hoje é fundamental, e física”, destacou.

Evaldo Lima, diretor adjunto do programa, conta que “neste semestre será feito o recadastramento dos idosos, como fazemos todo ano e uma das exigências é que todos os idosos tenham tomado as duas doses de vacina (no caso das que necessitam), e que venham protegidos com suas máscaras. Aqui temos álcool em gel, no salão comportamos apenas 50% da capacidade e outros cuidados".

Ele relembra que "no período de isolamento, a tecnologia foi uma parceira nossa. Eles nunca ficaram desamparados ou sem assistência. Sempre teve a presença do serviço mesmo à distancia. Até quando eles eram acometidos por alguma doença, nossos parceiros iam até eles levar atendimento”, destacou.

A dona Raimunda Arrais, de 80 anos, está feliz com a retomada. Para ela, a falta do vínculo e o distanciamento são causas de depressão entre os idosos. “Eu estou achando ótimo, porque tem muito idoso que está em casa enjaulado, preocupado, distante de pessoas, então, pode ter problema psicológico porque está se sentindo só. Muitas vezes até a própria família não chega pra dar um alô, então ele se sente desprezado. A retomada dos serviços é importante para que a gente possa se reencontrar e contar os problemas”, ressaltou a anciã. Dona Rai, como é conhecida, participa assiduamente das atividades, ela faz hidroginástica, fisioterapia e já integrou o coral.