A “revolta” de funcionários do Hospital Municipal de Imperatriz por conta do desconto das faltas não justificadas, exposta por um canal de televisão que não ouviu a direção do Socorrão, não procede. Os 205 servidores, que tiveram valores subtraídos, de fato deixaram de comparecer, dez deles faltaram todos os dias de serviço do mês, ainda assim a Secretaria de Administração, através da coordenadoria do ponto eletrônico, está revendo caso a caso.

A secretária adjunta da Administração, Bruna Neves de Sousa, encarregada da folha de pagamento do município, lembra que a gestão é obrigada a controlar a assiduidade do servidor, “para garantir a qualidade e a pontualidade do serviço ao contribuinte. Não fazer isso, é crime de omissão, na medida em que corrobora com ação lesiva ao erário” - informa.

Bruna destaca que a implantação do controle de assiduidade no trabalho começou a ser planejada em setembro de 2018. No Socorrão o sistema integra as escalas de plantão com o ponto eletrônico; o servidor registra entrada e saída através da biometria, ou seja, com as digitais em contato com o leitor do computador. “Não tem falha. Meia hora depois do funcionário marcar seu ponto, ele pode conferir isso na aba do ponto eletrônico no Portal da Transparência, por isso se torna desnecessária a máquina de imprimir o ‘recibo’ do ponto. Ministério Público e o Sindicato dos Servidores da Saúde estão cientes de todo o processo”, afirma.

Em abril, quando o sistema foi acionado em nível de “alerta”, 60 servidores faltaram 30 dias. Agora, em junho, somente 10 estiveram ausentes 100% das jornadas do mês. No total, 205 funcionários tiveram faltas descontadas. O problema é que 1 dia de não comparecimento representa 3 faltas, porque o regime do Socorrão é de 1 dia trabalhado por dois de descanso. “Aí, quem faltou 3 dias e aparece com 9 faltas, reclama, dizendo que só faltou 3 dias, mas não é assim e eles sabem disso”, alerta a coordenadora da folha.

Por esse acompanhamento, sabe-se que muita gente não quer largar o costume de permutar jornadas ao seu bel prazer, negociando trocas de plantão que o sistema não reconhece. Outra constatação é de que tem gente muito distante daqui; sabe-se de um no Paraguai e outro em São Luís, que tinham mecanismos agora desfeitos de marcar presença no trabalho, mesmo sem virem aqui.

Finalmente, o Ponto Eletrônico é uma das mudanças que estão sendo feitas no Socorrão para melhorar o atendimento e o serviço prestado. Outras medidas melhorias estão sendo gestadas, aguardem!