COVID - 19
Segurança alimentar é garantida no Hospital Municipal de Campanha
Objetivo é fortalecer o sistema imunológico
Publicado em: 02/06/2020 por Kalyne Cunha
A Secretaria Municipal de Saúde, Semus, por meio da equipe nutricional do Hospital Municipal de Campanha Covid-19, garante a segurança alimentar dos internados com coronavírus. Objetivo é evitar a perca de peso, auxiliando no fortalecimento do sistema imunológico, levando em consideração as especificidades de cada paciente e os riscos que a pandemia oferece, principalmente em relação aos alimentos.
Equipe conta com duas nutricionais e duas auxiliares que são responsáveis em garantir a segurança alimentar, bem como a aceitação da comida oferecida, higienização, qualidade e fiscalizam como essa alimentação será entregue ao paciente.
Diariamente são oferecidas seis refeições, dentre elas café da manhã, lanche matinal, almoço, lanche da tarde, janta e a ceia. A alimentação é realizada por uma empresa terceirizada, onde o plano alimentar foi desenvolvido pelo setor de nutrição do hospital, para atender necessidades e particularidades dos pacientes.
A nutricionista do Hospital Municipal de Campanha, Samara Queiroz Sales, explica que “todos os pacientes estão de dieta livre e as especificidades são repassadas pelo setor de enfermagem. Pacientes com problemas de deglutição requisitamos uma comida mais pastosa, já os que apresentam problemas de ressecamento frutas laxativas, para auxiliar”. As solicitações são, exclusivamente, realizadas pela equipe de nutrição do hospital, afim de garantir que recebam uma alimentação adequada. “Tudo somos nós que solicitamos, nada fica por conta do fornecedor. Pode ser que venha algo errado e efetuar a troca leva tempo e a gente prefere otimizar o tempo”, destaca a nutricionista.
A equipe nutricional realiza, também, um trabalho educativo por meio da escuta do paciente e explicações sobre a importância da alimentação para a melhora do quadro. “Em relação à Covid-19, sabemos que o doente perde o paladar, então o setor trabalha essa parte de explicar ao paciente que esteja sem o paladar ou com o paladar amargo que não é o comum, mas que ele tem a necessidade, muito grande, de mesmo assim se alimentar", reforça.
Sobre a humanização dos serviços do setor no hospital, a nutricionista Samara explica que é necessário redobrar a atenção aos pacientes com dificuldades na aceitação da dieta. “Algumas vezes acompanhamos eles comendo, para saber quais dificuldades. Conversamos e montamos uma estratégia para que sua solicitação seja efetivada, pois quanto mais próxima é a sua alimentação com relação ao que ele tinha o hábito de comer em casa, desde que seja saudável, mais rápido terá alta. Então fazemos com que cada dia todos se sintam mais familiarizados com a alimentação servida”.
As rodas de conversa realizadas diariamente na área externa do hospital, todos os dias da semana, integram momentos onde a equipe orienta os familiares sobre como deverá ser a alimentação dos pacientes quando ganharem alta. “Pacientes que possuem uma alimentação oral orientamos que ela seja a mais saudável possível, quando há presença de comorbidades como diabetes e pressão alta fazemos um trabalho de orientação para as famílias. Aos hipertensos, orientamos evitar o uso de alimentos com o sal industrializado, que são ricos em sódio. Os que utilizam sonda, orientamos como será alimentação, preparo e higienização”.