No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, 17 de maio, a Secretaria de Saúde alerta sobre a doença que afeta milhões de pessoas e divulga informações sobre a importância da prevenção. Em Imperatriz o atendimento e assistência aos pacientes é feito nas unidades básicas. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, a doença atinge 30% da população adulta brasileira. 

O problema ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. E, para a médica Allana Casimiro, especialista em cardiologia e ecocardiografia pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo – Bp, o grande problema da hipertensão arterial é ser uma doença silenciosa.

“É uma doença muito prevalente que pode afetar o coração, o cérebro, os rins, a visão e até a memória. O tratamento é importante para reduzir os riscos de infarto, AVC (derrame cerebral), aneurisma e insuficiência renal. O uso de remédios para controlar a pressão alta na maioria dos casos é mantido por toda a vida. Isso acontece porque a hipertensão é uma doença crônica”.

Ela alertou ainda sobre a importância de se manter uma rotina saudável, com atitudes simples como exercícios físicos regulares, controle de peso e alimentação, reduzir consumo de álcool, parar de fumar, tomar os medicamentos de forma contínua e fazer acompanhamento médico regular, são essenciais para o controle e prevenção desta doença.

“Em nossa rede municipal de saúde, os pacientes são assistidos através das nossas Unidades Básicas, com 39 equipes de Estratégia de Saúde da Família, com os agentes de saúde, enfermeiros, médicos e, além da consulta, recebem também o medicamento. Essa assistência oferecida na Atenção Primária à Saúde é fundamental para que a doença fique controlada e evite que o paciente precise ser atendido ou internado em nossas unidades hospitalares como Socorrão ou UPA São José”, explicou o secretário de Saúde, Alcemir Costa.

Maria Olga, de 68 anos, tem hipertensão arterial e faz o acompanhamento na UBS Parque do Buriti, seu bairro. Além dos medicamentos, ela também realiza todos os exames pela rede pública. “Minha agente de saúde que faz o agendamento dos exames, consultas e todo mês eu pego meus remédios no posto do meu bairro, sem nenhuma demora ou burocracia. Inclusive no início desse ano, depois que eu tive Covid, fiz todos os exames para saber como estava através do encaminhamento da UBS”.

Com a receita prescrita pelo médico, além das unidades básicas de saúde, os pacientes podem se dirigir às farmácias que integram a rede de Farmácia Popular portando os documentos de identificação, comprovante de residência, e o Cartão Nacional de Saúde. Medicamentos são oferecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A médica Allana Casimiro deixou ainda algumas dicas valiosas para melhorar a saúde e reduzir os riscos de desenvolver hipertensão arterial:

Reduza o consumo de sódio, pois ele não está apenas no sal branco, está presente em pães, alimentos embutidos (salsicha, presunto, etc) enlatados (azeitonas, milho, etc) e refrigerantes. Fique atento!

Modere o consumo de álcool: melhor seria não consumir, mas se consumir, não exagere! 1 taça/ dia de vinho para mulheres e 2 taças/dia para os homens;

Controle o peso: a perda de peso é a medida não farmacológica mais eficaz.

Tome os remédios: para o controle adequado é importante tomar diariamente e respeitar os horários;

Faça consultas regularmente: o paciente hipertenso não deve ficar mais de 6 ou 12 meses sem passar em consulta médica.