PREVENÇÃO
Secretaria de Saúde alerta sobre cuidados com afogamento de crianças
No Brasil, esta é a segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização entre crianças de zero a 14 anos
Publicado em: 11/07/2023 por Luana Barros
Em apenas seis meses deste ano, o Hospital Municipal Infantil de Imperatriz (HMII – Socorrinho) já registrou oito atendimentos a crianças vítimas de afogamento. No Brasil, esta é a segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos.
Em 2018, 866 pessoas dessa faixa etária morreram vítimas de afogamento, o que representa uma média de 2,3 óbitos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No ano todo de 2022, no Samu 192 - Regional de Imperatriz, foram 14 atendimentos de afogamentos, englobando a população de todas as idades.
As crianças socorridas pelo Samu são encaminhadas para o Socorrinho. O diretor da unidade, Dirceu Castro, fala sobre o tema. “Neste período de veraneio, orientamos aos pais sobre os cuidados com as crianças, mesmo aquelas que sabem nadar. Este ano de 2023, já tivemos 08 casos de afogamento, sendo 04 somente nesse mês de julho de 2023, onde dos 4 casos, 03 tiveram alta e um evoluiu para óbito. Além disso, é importante sempre ter os cuidados de colocar coletes salva-vidas nas crianças e ficar observando de perto. Lembrando que esse afogamento, ele pode ser tanto em praias de rio e mar, como também doméstico que é os casos de piscinas”.
Em um curto período, em poucos dias do mês de julho, a médica Ricely Ferraz, que atende no Samu, relatou em suas redes sociais que atendeu alguns casos de crianças em situação de afogamento na cidade. Ela relata alguns cuidados preventivos importantes.
“Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto. As piscinas devem estar isoladas, com grades com altura de 1,5 m e 12 cm entre as verticais. O portão de acesso deve possuir trava superior. Não utilize boias ou flutuadores. Prefira um colete salva-vidas e o adulto deve manter-se a uma distância de, no máximo, 2 metros da criança”.
Outros cuidados
65% dos afogamentos ocorrem em água doce;
Não permita acesso à piscina se a criança estiver desacompanhada de um adulto;
Utilize ralos que evitam sugar o cabelo (ralos “anti hair”);
Evite deixar brinquedos próximos à piscina, isso atrai as crianças;
Desligue o filtro da piscina em caso de uso;
Evite o choque térmico (hidrocussão). Antes de entrar na água molhe a face e a nuca;
Cuidado ao mergulhar em local raso. Pessoas podem ficar paralíticas em mergulhos rasos.