INTEGRAÇÃO
CAPS IJ realiza piquenique aos pacientes na Beira rio
Iniciativa busca trabalhar a interação e inserir crianças no convívio social
Publicado em: 24/08/2018 por Maria Almeida
Músicas, show da animadora de festa infantil Jô Peteleco, lanche e muitas brincadeiras fizeram a alegria de crianças e familiares acompanhados pelo Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil, CAPS IJ, na tarde de quinta-feira, 23, na Beira Rio. Com tema piquenique, encontro aconteceu às margens do rio Tocantins, em um ambiente aconchegante com iluminação natural das cores reluzentes do pôr do sol.
Um momento de integração familiar, que reuniu também profissionais da Rede de Saúde Mental do Município, ONG Cia da alegria, ONG música no hospital, e alunos da escola técnica Equitei.
“A ideia é reinventar as práticas dos dispositivos que compõem nossa rede, juntamente com os servidores, usuários, pais, acadêmicos e responsáveis, pois juntos podemos construir práticas de saúde muito mais acolhedores, que possam fortalecer o vínculo entre os indivíduos e as políticas de tratamento” - explicou o organizador do piquenique, Vítor Pachelle, coordenador de Enfermagem da rede.
A dona de casa Ednalva Rodrigues, faz acompanhamento do seu filho Ítalo, de 4 anos no CAPSIJ, há oito meses, participou das atividades e aprovou. “Muito Bom. Diferente para eles, ele ama quando a gente vem, porque brinca e interage com as outras crianças. Ele já melhorou muito desde que começou participar, era chorão, agressivo, não dormia e agora já dorme. Estou gostando do tratamento. Em julho eu não o levei para o Centro e percebi mudança no comportamento” - acrescentou.
Para a psicóloga Nádia Borges, essas atividades são fundamentais. “É uma ação louvável porque muitas famílias moram aqui e não vem, é um momento deles aproveitarem, de interagir e estarem em convívio. Além das famílias vim e estar em contato com outras famílias, porque reúne crianças em tratamento de todos os turnos” - afirmou.
Ela ressalta ainda que a recreação é parte do tratamento, e que em atividades como essas as crianças têm experiência com alimentos variados. “A maioria das crianças autistas tem restrição alimentar, e muitos só aceitam frutas quando veem outras crianças experimentarem e passam a comer em casa o que não tinham hábito".