Saúde

NOVO BALANÇO

Com avanço da vacinação, mortes e ocupação de UTI's têm queda em Imperatriz

Dados mostram que a efetividade da vacina se apresenta em grupos que já estão totalmente imunizados. Especialistas alertam que pandemia não está controlada e que a variante delta ainda é um risco.

Publicado em: 05/07/2021 por Elton Sales

Secretaria de Saúde

Com avanço da vacinação, mortes e ocupação de UTI's têm queda em Imperatriz

Após o início da vacinação em janeiro deste ano, houve redução nas internações de pacientes com as formas graves da doença. (Foto: Edmara Silva)

Levantamento dos dados estatísticos da Covid-19 em 2021, evidencia que após o início da vacinação em janeiro deste ano, houve redução nas internações de pacientes com as formas graves da doença. Indícios dos relatórios apontam que este resultado foi alcançado com o avanço da vacinação das faixas etárias acima de 50 anos, bem como a imunização dos idosos e grupos de risco que já tiveram esquema vacinal completado. 

Importante ressaltar que das 123.856 doses aplicadas pelo Município, apenas 23.794 já tomaram também a segunda dose. Número de pessoas com esquema de vacinação completo deve aumentar nas próximas semanas, quando chegará o período de aplicação de reforço da AstraZeneca, para os grupos que completam 90 dias de vacinados com a primeira dose. "A primeira dose é muito importante, mas para completar sua imunização, você deve tomar a segunda dose", alerta Mariana Jales, secretária de Saúde. 

Dados mostram que a efetividade da vacina se apresenta em grupos que já estão totalmente imunizados (ou seja, com primeira e segunda dose). Apesar disso, especialistas alertam que pandemia não está controlada e que a variante delta ainda é um risco. 

O número de contágios pelo novo coronavírus em Imperatriz chegou a 17.063, segundo boletim divulgado neste domingo (04). A Secretaria Municipal de Governo Projetos Estratégicos, Segov, fez uma analisa dos números de casos notificados pela cidade nos últimos seis meses. “O levantamento de dados é feito pelo Núcleo de Enfrentamento à Covid-19, e aponta que o número de óbitos teve seu pico em março neste ano com 187 mortes confirmadas, seguindo por 88 em abril, 45 em maio e 31 agora no último mês. Uma redução de 83,4% em comparação a março e 31,1% em relação ao mês passado” - detalhou Eduardo Soares, secretário de Governo.

Segundo o secretário, outro ponto a se observar é a ocupação dos leitos de atendimento. Atualmente os leitos em geral (contabilizando redes pública e privada) estão com taxa de 48,18% de ocupação (53 UTI's ocupadas das 110 disponíveis); e 31,89% em enfermarias (96 ocupadas das 301 disponíveis).

Menos mortes de idosos por Covid-19 indicam avanço de vacina

Em todo o ano passado, a média de óbitos está em sua maioria acima de 70 anos, caindo para casa dos 60 anos, isolando os óbitos ocorridos apenas desde o início deste ano. E se estabilizando em cerca de 50 anos, com o do último mês de junho.

O coordenador do Núcleo, Genesis da Silva Costa, responsável técnico pelo sistema de notificações, explica que essa tendência de redução da idade dos óbitos é influenciada por dois fatores. O primeiro deles é o avanço da vacinação, que iniciou no fim de janeiro pelas pessoas mais velhas e a maior circulação das pessoas em idades mais ativas. "A outra parte se explica porque, quando a gente teve aquela subida [de casos e óbitos por covid-19] fortíssima a partir de fevereiro, nessas fases de crescimento muito acelerado, é usual a gente observar um aumento proporcional, relativo, da população mais exposta, ou seja, a que circula mais, que é a mais jovem. Teve um efeito desse período de transmissão acelerada, que afeta a população mais ativa”, concluiu.

 

Com colaboração de Maria Almeida

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