TRANSPARÊNCIA
Audiência discute saúde pública de Imperatriz
Secretário prestou esclarecimentos sobre diversos setores da Atenção Básica e da Urgência e Emergência
Publicado em: 05/06/2018 por Maria Almeida
Foi realizada na manhã dessa terça feira, 5, audiência sobre a saúde pública na Câmara de Imperatriz. O secretário Alair Firmiano, utilizou o plenário Léo Franklin, para apresentar a situação atual e responder questionamentos da bancada de vereadores.
Sobre a falta de materiais nas Unidades Básicas de Saúde, ele explicou que houve atraso na licitação dos materiais de limpeza, devido problemas de impugnação judicial durante o processo licitatório. “Mas o funcionamento da Atenção Básica não se resume a isso (falta de papel), os médicos estão atendendo normalmente. Recebemos 42 equipes de Estratégia e Saúde da Família bloqueadas. Hoje estamos com todas as UBS’s funcionando com suas respectivas equipes” - ressaltou.
Sobre os atendimentos odontológicos, Alair informou que tem uma equipe de manutenção periódica para resolver os problemas. “O que acontece é que são materiais muito antigos que quebram constantemente, no entanto, já estamos com licitação em andamento para compra de oito novos gabinetes odontológicos, que vai substituir os mais antigos e precários que apresentam problemas recorrentes” - revelou.
Quanto aos questionamentos sobre a ressonância, Alair esclareceu: “Nosso aparelho do CDII – Centro de Diagnóstico por Imagem de Imperatriz está sem funcionar há dois meses, porque uma peça queimou com uma queda de energia. Mas já temos o laudo da philips, emitido por uma equipe que veio pessoalmente verificar, que demorou 15 dias para chegar. Ela custa R$ 232 mil reias, e somente a empresa pode colocar. Já foi solicitada, no entanto, a peça é importada, vem da Alemanha e deve demorar ainda cerca de 60 dias. Enquanto isso, estamos realizando as ressonâncias na rede conveniada” – afirmou.
Durante o debate, o vereador Alberto Sousa (PDT) destacou que tem acompanhado a situação da saúde pública na região e reconhece os avanços. “Conhecemos as cidades da região e do Brasil, a única que ainda funciona a saúde é Imperatriz. Não é fácil administrar uma saúde com as portas do Ministério fechada. E sabemos que em um raio de 500/600 km Imperatriz é o único lugar onde ainda funciona e por isso atrai mais gente” - pontuou.
Sobre as colocações, o secretário citou alguns exemplos que demonstram as melhorias na saúde pública municipal como a implantação de projetos, reformas, readequações, fim das filas de cirurgias ortopédicas, aquisição de novos equipamentos a exemplo dos carrinhos de anestesia, uma autoclave para o HMI que chega esse mês, instrumental cirúrgico, e 03 aparelhos de raio X.
“Ainda não atingimos o ideal. A saúde pública é subfinanciada. Há 10 anos não tínhamos reformas nas UBS’s, e já reformamos mais de cinco e estamos com 16 obras em andamento e vamos dar continuidade até reformarmos todas, mas isso demanda tempo e recurso. Não temos dinheiro para fazer no tempo que gostaríamos” - ressaltou.
Ele anunciou também mais 10 novos leitos de UTI na saúde pública de Imperatriz, que serão custeados totalmente pelo Município e passarão a funcionar ainda na primeira quinzena de junho. Questionado sobre a saúde mental, Alair explicou que o Ambulatório não está sendo fechado, mas sendo vinculado à Atenção Básica, conforme orientações do Ministério da Saúde. Ele acrescentou ainda que para melhorar a assistência ao paciente psiquiátrico foram preparados oito leitos no Socorrão para esse público. “Esses pacientes precisam ser atendidos como um todo. Independente da condição psíquica ele tem que ser tratado clinicamente” - esclareceu.
O secretário destacou ainda sobre o seletivo para contratação de Agentes Comunitários de Saúde, que devem ser convocados para assumir o cargo em setembro, pois no momento o Município não pode admitir novos servidores por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sobre cirurgias de catarata, "existe uma empresa licitada que faz 100 cirurgias por mês. Mas há uma demanda reprimida, porque o número ofertado é pequeno, no entanto, foi definido em reunião com a Comissão de Intergestores Regionais, CIR, que o macro regional também faria essa cirurgia, contudo, até agora não estão fazendo, e o Município não dispõe de condições de aumentar oferta no momento".
O secretário finalizou a explanação informando que já está sendo rediscutida uma nova pactuação para Imperatriz e região, onde serão deliberadas novas proposições e responsabilidades de cada município. “Isso vai melhorar ainda mais nossa saúde, porque trabalharemos com orçamento previsto para números reais. Cada cidade vai se responsabilizar e fazer o que for definido no acordado, ou atendendo seus munícipes ou nos repassando os devidos valores. Vale lembrar que a pactuação que temos, além de ser de 2004 (desatualizada), não é cumprida” – afirmou.