A Prefeitura Municipal de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) e Superintendência de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, realiza dois dias de uma grande capacitação, na UniFacimp Wyden, para médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, que atuam no município, acadêmicos sobre  prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento da Tuberculose. 

"Dando continuidade ao nosso programa de educação permanente, estamos realizando a capacitação para o manejo da tuberculose na Atenção Primária à Saúde. Sabemos da importância de manter essa articulação entre a vigilância em saúde e a atenção primária, por isso estamos promovendo essa atualização, para que todos os nossos profissionais da atenção primária estejam preparados para o diagnóstico e o manejo dos casos de tuberculose em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, destaca o superintendente da Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Anderson Santana. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, que afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos ou sistemas do corpo humano. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico. 

Os sintomas incluem: tosse por 3 semanas ou mais, sendo seca ou com catarro, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Recomenda-se que toda pessoa que apresente tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Para isso, é fundamental procurar a UBS correspondente ao seu bairro, onde passará por uma avaliação e realização de exames. Se o resultado for positivo para tuberculose, o tratamento é iniciado e é preciso segui-lo até o final.

Com o objetivo de prevenir e combater os casos da doença em Imperatriz, o município está capacitando os profissionais da saúde que atuam diretamente em contato com as comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde. A SEMUS ressalta que é muito importante que os moradores sejam receptivos aos agentes comunitários de saúde e de endemias, pois estes visitam cada família e realizam os primeiros cuidados para posterior encaminhamento ao posto. 

"E quando a gente encontra esse paciente, que a gente vê que ele está com essas queixas de algum problema relacionado à tuberculose, a gente encaminha à unidade de saúde, o médico faz a consulta e, em seguida, faz os exames e, se for necessário, começa o tratamento. Então, assim, é de suma importância para o agente comunitário participar da capacitação, porque o nosso trabalho é, em primeiro lugar, identificar esses pacientes na área. Então, o primeiro contato é com o agente comunitário de saúde”, relata Marinalva Gomes, agente comunitária de saúde da unidade Vila Nova. 

Em Imperatriz, em 2025, foram registrados 86 casos, com 40 altas por cura e 7 transferências. A SEMUS ainda reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para controlar a disseminação da doença, e por consequência, promover um maior cuidado com a população. Entre os temas das aulas dentro da capacitação, estão: o perfil epidemiológico da tuberculose no país, no estado e em Imperatriz, prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose da infecção latente, fluxograma do programa no município, diagnóstico e tratamento da tuberculose ativa em adulto, diagnóstico e tratamento da tuberculose em crianças e reações medicamentosas.