Conscientização
Alunos vivenciam reflexões históricas em projeto alusivo ao Dia da Consciência Negra
Ação destacou museu com exposição de peças e instrumentos da época da escravidão
Publicado em: 27/11/2024 por Sara Ribeiro
A Escola Municipal Madalena de Canossa realizou nesta terça-feira (26), atividade pedagógica alusiva ao 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra. Idealizado pelos professores de história Evandro Fernandes e Antônio César, os estudantes puderam se aprofundar no ensino da história da escravidão no Brasil.
Por meio de atividades reflexivas, os alunos do Ensino Fundamental revisitaram momentos históricos, promovendo uma compreensão mais profunda sobre os impactos da escravidão e a importância da liberdade e do combate ao racismo.
Tamires Moraes, coordenadora pedagógica, destacou a relevância da abordagem. “Após meses de organização e pesquisa, eles criaram um espaço que resgata a memória de um período sombrio da história brasileira: a escravidão. O trabalho foi realizado com o objetivo de educar e conscientizar sobre as condições desumanas em que os escravizados eram submetidos, abordando tanto a brutalidade física quanto psicológica que caracterizava essa prática”.
Como destaque do projeto, foi criado um museu com exposição de réplicas, e até peças autênticas, de instrumentos de punição utilizados contra os escravizados, dentre eles: correntes, troncos, gargalheiras e outros instrumentos de tortura, acompanhados de descrições detalhadas sobre como eram utilizados e suas consequências. “Cada peça traz à tona histórias de sofrimento e resistência, provocando nos visitantes uma reflexão profunda sobre o legado da escravidão na sociedade contemporânea”, reforçou a coordenadora.
A secretária de Educação, Cleomar Conceição, observa que a iniciativa destaca o poder da educação como ferramenta de transformação social. “O projeto não apenas resgata a memória histórica, mas também promove debates sobre os impactos sociais e culturais da escravidão nos dias atuais, reafirmando a importância da luta por igualdade e justiça”.
O professor Evandro Fernandes reforçou a importância de revisitar a história para evitar a repetição de erros do passado e valorizar as conquistas atuais. “Era um desejo do professor César retratar a realidade que nossos ancestrais enfrentaram no Brasil. Não tem como apagar a história, e não se deve apagá-la. Precisamos revisitar a história para não permitir que o que aconteceu volte a acontecer. Apresentar esse museu é também falar da importância de valorizarmos o que temos hoje e combatermos o racismo, seja nas escolas ou na sociedade”.