Assistência Social

INCLUSÃO

Abertura da Semana da Pessoa com Deficiência destaca soluções para promover a acessibilidade

Evento foi realizado nesta terça-feira (05), no Calçadão Doutor Carlos Gomes de Amorim

Publicado em: 05/12/2023 por Kalyne Cunha

Secretaria de Desenvolvimento Social

Abertura da Semana da Pessoa com Deficiência destaca soluções para promover a acessibilidade

Iniciativa contou com a participação de instituições e órgãos representativos da sociedade civil. (Foto: Maira Soares)

Com o propósito de fomentar conscientização e incentivar ação proativa em direção à construção de uma sociedade inclusiva solidária, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), realizou nesta terça-feira (05), abertura da Semana da Pessoa com Deficiência, no Calçadão Doutor Carlos Gomes de Amorim, no Centro Comercial.

Iniciativa contou com a participação de instituições como o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) e órgãos da sociedade civil como a Associação dos Deficientes Visuais (ASDEVI); Associação dos Familiares e Amigos dos Autistas de Imperatriz (AFAGAI); Setor de Atenção a Diversidade e Inclusão (SIADI); Comissão em Defesa da Pessoa com Deficiência da OAB; Associação de Pessoas com Deficiência do Centro de Assistência Profissionalizante (Cenapa) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

O secretário de Desenvolvimento Social, Dorielton Xavier, destacou a importância da ação que contou com a distribuição da “Cartilha da Pessoa com Deficiência”. “Nosso objetivo é sensibilizar a comunidade para a importância da acessibilidade e inclusão, promovendo uma reflexão sobre as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência e soluções para tornar a cidade mais acessível a todos”, afirmou.

Durante o evento, foram realizadas diversas atividades externas para a conscientização e interação da população, como palestras educativas, apresentações artísticas protagonizadas por membros das associações presentes, e projeções práticas de como superar obstáculos do dia a dia para pessoas com deficiência.

A coordenadora da Proteção Social Especial de Média Complexidade (PSE) da Sedes, Francilene Rosário Bahia, destacou a importância do Dia Nacional da Acessibilidade, comemorado em 5 de dezembro, para conscientizar sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência. Ela abordou problemas como calçadas irregulares, falta de acessibilidade no transporte público e constrangimentos em transportes por aplicativo. Ela acrescentou ainda que o Projeto Sentindo na Pele, do CMDPD, visa sensibilizar pessoas sem deficiência, proporcionando experiências que simulam as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência visual, por exemplo.

O presidente do CMDPD, Evandro Fernandes, relatou como ação será trabalhada, por meio do material gráfico que divulga a importância do tratamento adequado às pessoas com deficiência. “Estamos colaborando com a Sedes na Distribuição da Cartilha da Pessoa com Deficiência em Imperatriz. O objetivo é conscientizar sobre a importância do tratamento adequado às pessoas com deficiência, promovendo acessibilidade atitudinal para construir uma sociedade mais inclusiva”.

O vice-presidente do Cenapa, Thiago Pimentel, falou sobre a importância do Dia Nacional da Acessibilidade e de mecanismos para a garantias de direitos. “A data de hoje é muito importante para dialogarmos e conversamos para a população entender melhor como funciona essa questão dessa sensibilidade. Estamos distribuindo a Cartilha da Pessoa com Deficiência para a população, para que possam entender melhor os nossos direitos”.

Já a advogada da Comissão em Defesa da Pessoa com Deficiência da OAB, Djane Carvalho, destacou a importância da advocacia na garantia dos direitos das pessoas com deficiência, reforçando a necessidade de uma legislação mais eficaz e de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades. Djane enfatizou ainda que as deficiências não são apenas as visíveis. “Precisamos dar acessibilidade para essas pessoas com deficiência, principalmente as não visíveis, como as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sou mãe de autista e vejo que ainda falta muito na questão da sensibilidade e acessibilidade”.

O professor de capoeira da APAE, Luciano José, levou um grupo de capoeiristas com deficiência intelectual, para mostrar para a população o trabalho de inclusão realizado pela instituição. A autoestima e confiança, o desenvolvimento social e cognitivo, a inclusão física e motora, a expressão artística, a integração comunitária, a diversidade de inclusão e a quebra de estigmas e preconceitos são pontos importantes trabalhados pela capoeira.

“Cada aluno tem a sua limitação e seu tempo de desenvolvimento, mas isso faz com que possam aprender da maneira deles. A sociedade tem que ver, que eles são capazes e que eles conseguem. Temos alunos com dificuldades na caminhada, mas eles conseguem ter um bom equilíbrio na capoeira. A capoeira mostra que cada um é capaz de se superar e mostrar a cultura da capoeira. A capoeira é bastante completa e isso faz com que eles possam desenvolver cada vez mais dentro de suas limitações”.

Assistência Social