Assistência Social

CAPACITAÇÃO

Equidade é trabalhada em formação de servidores municipais

Objetivo foi proporcionar um ambiente de trabalho saudável para os servidores e cidadãos que procuram os serviços da Prefeitura de Imperatriz

Publicado em: 07/11/2023 por Kalyne Cunha

Secretaria de Desenvolvimento Social

Equidade é trabalhada em formação de servidores municipais

Evento foi realizado na UFMA, Centro, e contou com apoio de parceiros como o Ministério Público, Defensoria Pública do Estado do MA, Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI). (Foto: Maira Soares)

Nesta terça-feira (07), servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) participaram do curso de formação “Equidade de gênero, raça e diversidades no atendimento ao público”, com objetivo de proporcionar um ambiente de trabalho saudável para os servidores e cidadãos que procuram os serviços da Prefeitura de Imperatriz.

Realizado no auditório da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Centro, por meio da Secretaria de Governo e Projetos Estratégicos (Segov) e Sedes, contou com a parceria do Ministério Público, Defensoria Pública do Estado do MA, Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e outros.

O secretário de Desenvolvimento Social, Dorielton Xavier, explicou que gerenciar a diversidade nos espaços da Prefeitura, especificamente, na Sedes, significa admitir, aceitar e valorizar positivamente a diversidade nas relações de trabalho da administração pública, priorizando a equidade como política de comportamento e no atendimento ao público.

A coordenadora da CEIRI, Eró Cunha, relatou que o momento é uma oportunidade para discutir a relação do racismo, equidade e como primeiramente detectar essas ações no ambiente de trabalho e no atendimento ao público. “A partir do momento que detectamos ações de racismo e violência, é necessário traçar estratégias de intervenção, para que esse atendimento seja feito nos critérios dos direitos humanos”.

Eró Cunha acrescenta que é preciso criar espaços de escuta e transformação, para entender que os principais atendidos são majoritariamente pessoas periféricas, marginalizadas, negras e que passam por um trajeto de inviabilização, de não reconhecimento da sua identidade e que precisam ser muito bem acolhidos. “Para isso a própria estrutura precisa propiciar esses momentos de formação e discussão, para que isso impacte na qualidade do atendimento para a comunidade”.

O acolhimento tratado nas questões dos direitos humanos, foi um ponto discutido com os servidores pela procuradora do município, Regina Célia. “A capacitação é para garantir a sensibilidade de cada servidor público, na questão dos direitos humanos, no tratamento das pessoas invisíveis, com deficiência, de todas as pessoas frágeis no relacionamento, no acolhimento. O mais importante é saber como atender cada pessoa, como receber, abraçar, para que ela se sinta bem em nosso município. Pois elas chegam com um problema e se não soubermos acolher, criaremos mais”, conclui.

Márcio Rodrigues Cruz, fundador do instituto Orixaman e militante do Centro de Cultura Negra, Negro Cosme, levou questões reflexivas a partir de suas origens. “Nós que somos pessoas de terreiros, pessoas negras, entendemos que antes do atendimento tem o acolhimento. Vivemos em uma sociedade com várias diversidades e vemos o preconceito e pessoas adoecendo com isso, então o acolhimento é fundamental. Meu objetivo é que as pessoas compreendam que mais do que sustentabilidade, mais do que diversidade, precisamos de acolhimento”.

O secretário da Segov, Eduardo Soares, relatou que a formação é uma política que a prefeitura de Imperatriz implantou e vem desenvolvendo, que visa o atendimento com equidade em todo o serviço público, tanto para os servidores quanto para público.

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