O segundo bloco de competições das Paralimpíadas Escolares 2025, realizado entre os dias 24 e 29 de novembro no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo (SP), foi marcado por conquistas da delegação de Imperatriz formada por alunos da Rede Municipal de Ensino que integram o Projeto Sou + Esporte, da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). O município encerrou a participação no 2º bloco com quatro medalhas de bronze. Com apoio da Prefeitura de Imperatriz, por meio SEMED, seis alunos competiram no 2º bloco das Paralimpíadas, enquanto os outros quatro atletas participaram do 1º bloco, realizado entre 17 e 22 de novembro.

As atletas de Imperatriz garantiram bons resultados no 2º bloco das Paralimpíadas Escolares 2025. Na bocha paralímpica (classe B2, categoria B), Lara Geovana, da Escola Municipal Madalena de Canossa, conquistou o terceiro lugar. No parabadminton, a estudante Ana Sofia Santos, da Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Professor Telasco Pereira Filho, também assegurou o bronze na categoria de 11 a 13 anos. Na mesma modalidade, Sofia Santos, da Bilíngue, garantiu mais uma medalha de bronze ao alcançar o terceiro lugar na categoria de 14 a 17 anos.

No tênis de mesa, Emilly Rhianna Lima Moraes, categoria B classe T11, da Escola Municipal Bilíngue, conquistou o terceiro lugar nas disputas de duplas, o que aumentou o número de medalhas para Imperatriz. A edição de 2025 das Paralimpíadas Escolares contou com participação recorde: 2.056 atletas de todos os 26 estados e do Distrito Federal.

 

Segundo a gestora da Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Professor Telasco Pereira Filho, Elisandra Lima, as conquistas refletem um trabalho contínuo de treinos e superação. “Para a Escola Bilíngue, este evento nacional é de grande importância. Sendo uma escola voltada para a educação de pessoas surdas, ter essas oportunidades, assim como os estudantes ouvintes, fortalece o trabalho e motiva os demais a participarem das modalidades esportivas. Para o município, isso demonstra responsabilidade e respeito a pessoa com deficiência”, explica.

A participação de estudantes surdos este ano reafirma a importância da acessibilidade, ressaltada pela intérprete Sara Lopes da Silva, que acompanhou a delegação. Ela destacou o impacto do seu trabalho na vivência dos atletas: “O intérprete atua como um elo essencial para garantir não apenas a comunicação, mas também a segurança e a participação plena dos alunos. Nosso papel assegura a acessibilidade e a inclusão, permitindo que os estudantes compreendam todas as orientações e interajam de forma ativa. Além disso, contribuímos para valorizar a diversidade e oferecer apoio pedagógico e social durante o evento”, observa.

Para o técnico da Rede Municipal de Ensino, o professor Thiago Nascimento de Sousa, o desempenho da delegação no segundo bloco foi extremamente positivo. “As competições foram bem organizadas, desafiadoras e enriquecedoras. Os resultados alcançaram as expectativas, considerando o esforço desenvolvido ao longo do ano. Foi um momento de grande aprendizado, e o principal objetivo era proporcionar aos alunos a vivência de uma competição da grandeza das Paralimpíadas Escolares. O número de medalhas conquistadas por Imperatriz foi bastante satisfatório”, afirma.

Na avaliação do coordenador do Departamento de Educação Física da SEMED, Pedro Antonio Silva, os desafios enfrentados pelos estudantes demonstram compromisso e dedicação. “No encerramento do segundo bloco de mais uma Paralimpíada Escolar, o sentimento é de dever cumprido, com muita superação, esforço e amor ao esporte, principalmente ao paradesporto. Gratidão a todos que fizeram parte dessa jornada, como os professores Luiz Fernando Berto e Thiago Nascimento, do Projeto Sou + Esporte, e especialmente ao prefeito Rildo Amaral e à secretária Genilza Sipião pelo apoio total e irrestrito”, destaca.

Entre os destaques, esteve a aluna Sofia Santos Sousa, da Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Professor Telasco Pereira Filho, medalhista em sua primeira participação. “Começamos a treinar badminton apenas este ano, então aprendi que é preciso muita atenção, principalmente ao espaço visual, para executar a modalidade com eficiência. Me senti muito bem em participar de uma competição com atletas autistas, com deficiência física e surdos. Essa interação foi muito importante para mim. Fiquei muito feliz”, relata.