É muito comum que mulheres que sofrem violência doméstica (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial), na maioria das vezes, não se sintam confortáveis em expor a agressão e buscar ajuda. E quando elas buscam amparo, a situação geralmente está muito grave. Como o caso, de uma paciente de 42 anos, que na terça-feira (28), chegou à Unidade de Pronto Atendimento do Parque São José, alegando ser vítima de cárcere privado.

Os profissionais da unidade fizeram o processo de escuta com a paciente, e logo foi identificado a violência sexual e doméstica. Também foram constatados hematomas, manchas, escoriações, e queimaduras na região íntima. Para assegurar a saúde da vítima foram acionados os órgãos competentes que prontamente cuidaram do caso.

Segundo o coordenador da UPA, Vitor Pachelle, os profissionais da unidade estão preparados para identificar e receber essas mulheres que sofrem esse tipo de violência. “Nossos profissionais seguem atenciosos para quaisquer tipos de sinais que caracterizem um tipo de violência, o trabalho da equipe foi substancial para garantir os direitos dessa senhora, os quais estavam sendo seriamente violados”, explicou.

Por isso, a Unidade de Pronto Atendimento do São José, está com equipes preparadas para atender as vítimas desse crime. E pensando em melhorar o atendimento, para que o serviço da unidade seja ainda mais eficaz, está sendo montado um fluxo de atendimentos na unidade de saúde, além disso, a equipe está em busca de implementar uma sala exclusiva para receber as mulheres, e assim, diante da dentificação de um caso de violência, a paciente seja encaminhada para este espaço, garantindo a sua privacidade e o mínimo de contato, para não ficar revivendo a situação.

O secretário de Saúde, Alcemir Costa, reforça a importância de um olhar mais apurado dos profissionais para os sinais de violência. “Nossos profissionais têm trabalho para identificar estes tipos de violência, que estão cada vez mais comuns. E principalmente oferecer ajuda para as mulheres que não conseguem ou tem medo de expor a situação. Devemos lembrar que não é uma vergonha passar por isso, e que devemos acolher e denunciar esses casos”, disse.

Os casos de violência doméstica podem ser denunciados por meio do telefone 190.