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"Contar histórias é transformar a realidade por meio da leitura", afirma Jô Santos

Professora da rede municipal é referência estadual na profissão

Publicado em: 21/03/2018 por João Rodrigues

Mais do que arte, contar histórias pode ser definida como uma viagem ao conhecimento, na qual se destacam valores e sentimentos que têm o poder de transformar pessoas com a leitura. Aos 50 anos, 33 deles como artista e 10 como contadora de histórias, Jô Santos Maria é apaixonada por contar histórias e uma referência do assunto no Estado.

Na semana do contador de histórias destacamos o trabalho de Jô Santos que começou a carreira numa oficina específica promovida pela Edições Paulinas, ministrada pela contadora Gisele Vasconcelos, em São Luís. Nos filhos Lívia e Lucas, os primeiros ouvintes, ela encontrou a inspiração necessária.

A reação deles representava a aprovação ou não da apresentação da mãe coruja, que de tanto sucesso impulsionou a carreira, transformou se em uma expert e multiplicadora da experiência. “(...) Sempre gostei de contar história para eles, se sorrissem então gostaram, e o público vai gostar também”, revelou.

A atriz e educadora compara o ato de contar histórias ao de servir o melhor banquete a quem se ama. Nele não podem faltar os ingredientes necessários, além, claro, da preparação com muito amor e carinho para que fique muito saboroso.

“As crianças, quando ouvem os contos clássicos sabem que o bem sempre vai vencer o mal, que temos valores e que temos sempre de falar a verdade”, frisou. No repertório dela estão histórias como a dos Três Porquinhos, que trabalha o lado da família e reflexão sobre as ações de cada um, e a Galinha Ruiva, que pede ajuda aos amigos para fazer um bolo e não é atendida.

“Quando o bolinho gostoso, saboroso está pronto eles (amigos) querem vir comer, e aí eu pergunto para as crianças: eles têm o direito de comer? Uns dizem que sim, outros que não, e assim vamos trabalhando os valores em nossas crianças e adolescentes”, exemplificou, reforçando que sempre deixa para as crianças dizerem o que entenderam sobre a moral da história.

Histórico

Natural de Imperatriz, Jô é filha de sapateiro e professora, ambos maranhenses. Ela se orgulha é ter assimilado para sua vida um pouco da arte dos dois. Quando conta histórias ela se diz se entregar completamente ao oficio, algo que faz por amor. “Se a pessoa não gostar, não amar, não precisa nem fazer”, resume.

Bem sucedida como contadora, foi convidada pela Editora Paulinas para fazer oficinas de contação de histórias, participou de um encontro internacional e projetos regionais como o “Moinho de Histórias”, em parceira com Gilberto Freire de Santana e o projeto “Companhia Cata e Conta”. Jô Santos é formada em Letras e Educação Física, com especialização em Teorias da Literatura, e acumula outros conhecimentos  como atriz, artesã e palhaça.

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