Nossa Gente
Adoção: um ato de amor
Publicado em: 25/05/2017 por Luana Barros
Nesta quinta-feira (25 de maio) comemora-se, em todo o Brasil, o Dia Nacional da Adoção. No Direito Civil, adoção é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por uma pessoa ou por um casal que não são seus pais biológicos. O ato de adoção compreende investimento de afeto e acolhimento. Assim aconteceu com Marcos Filipe da Silva Franco, com apenas um mês de vida foi deixado na garagem de Iranilda Elias da Silva.
Na época com 37 anos, Iranilda namorava José Henrique Fernandes Franco com quem se casou que também acolheu e amou Filipe como filho. Em Imperatriz, ela trabalhou com vendas de lanches e seu esposo, José, trabalhava como motorista e como autônomo, tinha caminhão que alugava para fretes e assim, cuidaram e educaram seus dois filhos.
"Minha mãe disse que junto comigo na garagem havia uma mensagem da minha mãe biológica dizendo que tinha apenas 11 anos e não tinha como cuidar de um filho, resultado de um relacionamento com um senhor bem mais velho"; explica Marcos.
Nascida em Vitorino Freire, em 11 de novembro de 1956; Iranilda desde pequena, com apenas 08 anos de idade, já cuidava dos irmãos e da casa. Da mesma forma, se dedicou ao esposo, a Filipe e ao segundo filho Paulo Silas da Silva Franco, este biológico que em 2014, com apenas 17 anos, foi vítima de homicídio.
Marcos Felipe revela o que a adoção significou em sua vida: “Eu não sabia que era adotado, soube apenas em 2011. Nunca quis conhecer minha mãe biológica. Para mim, eu considero como mãe, a que me criou e me acolheu, ela sim é minha mãe de verdade, sem ela eu não estaria aqui. Para mim, a adoção é um ato de amor. Em 06 de maio de 2016, meu pai faleceu vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC), ai ficamos só eu e minha mãe. Hoje tenho 23 anos, trabalho como autônomo, tenho um caminhão e trabalho com fretes e aluguel de carro. Recentemente me casei com Zenaide Maria de Medeiros e agora espero por uma benção que Deus me deu, vou ser papai”.
História da data: Em 1996, representantes dos 14 Grupos de Apoio à Adoção então existentes no Brasil se reuniram nos dias 24 e 25 de maio em Rio Claro, interior de São Paulo, no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção. Na ocasião, o dia 25 de maio foi eleito como o Dia Nacional da Adoção. Seis anos depois, em 9 de maio de 2002, foi sancionada a Lei 10.447, oficializando a data.