Ação com internos do presídio Itamar Guará encerrou a campanha Janeiro Roxo, que incentiva o diagnóstico e o tratamento da hanseníase. Durante todo o mês, várias Unidades Básicas de Saúde realizaram atividades relacionadas, conforme orientação da Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

Durante o evento, realizado na tarde desta quinta-feira, 28, o médico Mateus Cangussú ministrou uma palestra para quinze internos. Um grupo de acadêmicos do curso de Medicina participou da ação, também observando a pele dos detentos para saber se algum deles possuía sinais sugestivos de hanseníase. Casos suspeitos serão submetidos ao tratamento imediatamente.

Com ajuda de um painel, Mateus Cangussú, ministrou palestra bem didática, com linguagem acessível e respondeu perguntas dos detentos. Também foram entregues materiais educativos.

O enfermeiro Luis Araújo, da Unidade Básica de Saúde Itamar Guará, avaliou a campanha como muito positiva, principalmente as ações desenvolvidas com as pessoas privativas de liberdade. “Foi muito bom, superamos as expectativas, os internos foram muitos receptivos, interagiram e fizeram perguntas”, comemorou.

A coordenadora da Atenção Básica em Saúde, Sormane Branco, disse que "nós intensificamos a campanha Janeiro Roxo e isso foi muito importante para a prevenção, promoção, tratamento e o diagnóstico da hanseníase".

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Giseli Vieira, também avaliou bem a campanha. Ela ressaltou que o mês acaba, mas as unidades continuam oferecendo tratamento contra a doença. A pessoa pode procurar a UBS mais próxima de casa e, em caso sugestivo para hanseníase, será encaminhada ao Centro de Especialidades, na UBS Milton Lopes.

Giseli Vieira observou que a situação da doença em Imperatriz é preocupante e as pessoas precisam fazer o teste para iniciar o tratamento o mais breve possível, pois a doença pode deixar sequelas.

“A tendência seria de que se as pessoas fizessem o tratamento e tivessem zelo e cuidado na parte sanitária de suas casas, a hanseníase não passaria de uma pessoa para outra. Como muitos pacientes param de tomar a medicação, pois são medicamentos fortes, a doença só complica, interfere os nervos dos membros inferiores e superiores (mãos e pés) e, por fim, acometem os membros da família”, alertou a coordenadora.

Para tentar frear a doença, quando uma pessoa é diagnosticada com hanseníase toda a sua família e contatos passam por exames.

Gisele acrescentou que “em Imperatriz o número de pacientes em tratamento é bem significante e outras pessoas novas que entram diariamente. Infelizmente, se não tratar no inicio, causa sequelas para o resto da vida".

Principais sintomas

Os principais sintomas a serem observados são a falta de sensibilidade, escurecimento e lesão na pele, queda de pelos no local, sensibilidade alterada, ou seja, sem nenhum tipo de dor e nem sensação de calor ou frio e mudança de cor. 

O modo de transmissão da doença não é por meio de compartilhamento de objetos, mas pelas vias orais.

As UBS atendem das 8h às 12 h e das 14h às 17h.